Presenteiam-se
rosas. É, presenteiam-se rosas nas mais inusitadas ocasiões, e para as mais
diferentes pessoas, e pelos motivos os mais diversos. Presenteiam-se rosas em
unidade e em buquês, em quantidades e tipos do comum ao exagero.
Conta-se que uma jovem, deslumbrada com uma
única rosa, entendeu que em cada pétala estava escrito um poema de amor e um
convite de casamento... E ela correu para o altar. Li em alguma fonte que outra pessoa, (não
estou exagerando), recebeu um buquê, de aproximadamente uma tonelada de rosas,
expressando um único desejo, e uma pergunta: você quer casar comigo? E a
resposta foi NÃO!
As
rosas estão presentes nos episódios mais impressionantes da vida humana – no
namoro, no casamento, na gravidez, no nascimento, na gratidão, na despedida, no
reencontro, na reconciliação, ao pedir perdão, ao perdoar, na enfermidade, e na
morte. E, de fato, este é um dos momentos em que as rosas literalmente envolvem
o personagem.
Elas enfeitam casas, clubes,
hotéis, restaurantes, passarela de nubentes, igrejas, navios, repartições,
barcos, o peito das testemunhas, o cabelo das meninas, enfeitam rios e lagos, e
enriquecem os jardins. E por fim enfeitam as cruzes, os túmulos e os
cemitérios.
As rosas estão entre os
presentes mais belos que alguém pode dar ou receber, e por algum tempo exalam
um perfume fascinante, expressam profunda ternura e esvaem-se numa fragrância
inigualável... Mas, só por pouco tempo. E sem que percebamos, elas murcham...
Elas fenecem, levando consigo o marcante contraste entre a dureza dos espinhos
e a ternura das suas pétalas.
Há um hino que diz, em uma
das suas estrofes:
Quando
aqui as flores já fenecem,
As
do céu começam a brilhar.
Então
compreendo que, as nossas belezas, expectativas, sonhos e projetos, comparam-se
as rosas daqui - lindas coloridas, perfumadas,
pujantes e magníficas, no entanto, não suportam uma tarde de sol ou o
calor do meio dia. Brilham pela manhã secam-se à tarde, e simplesmente,
fenecem!
Então, trago à
memória que ao invés das coroas daqui, devo dirigir os meus sonhos e esperanças
para o alvo que me está proposto, para que, quando se manifestar o Sumo Pastor,
eu receba a imarcescível coroa da glória (1 Pd. 4:4), esta sim, será formada com as pétalas da fé e do amor, como
resposta à obediência e como premio à perseverança no SENHOR... A preciosa Rosa de Sarom, cujo brilho
não desaparecerá ao sol, nem fenecerá a mais profunda escuridão da madrugada...
Esta brilhará para sempre, trazendo alegria para grandes e pequenos, para
príncipes e plebeus, para os vivos e para os mortos. Para os vivos pelo gerar
da esperança eterna, e para os mortos pela conquista dessa esperança, como
espaço real prometido aos que perseveraram no SENHOR.
E assim, temos
a certeza de que nos jardins celestiais, as rosas não terão espinhos, e jamais
fenecerão, pelo contrário, a cada momento elas brilharão mais e mais, e se expressarão
na indescritível visão do Cristo, que ressurgiu e agora está glorificado!
Soli Deo Glória!
Soli Deo Glória!
Rev. José Salvador Pereira
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